sábado, 19 de novembro de 2016

Fragmentos do livro Metabólico (introdução)


Escrevi hoje um livro que fala de mim.
Saibam que é verdade, e ele jaz aqui.
Se projetou em folhas que tornasse ão elemento de um livro a vocês, que aqui estão.
Hoje escrevi um livro e também canção, dentro da madrugada que me nutria então, de fé, esperança e de inspiração.
Não preguei o olho. Ainda não dormi, pois hoje o que fiz foi só exprimir, todo sentimento, toda emoção, tudo o que tramita no meu coração.
As palavras quiseram se colocar aqui e no papel em branco a folha atingir, dando forma e sentido a tudo o que senti, resultando num livro que escrevi pra mim.
A quem interesse, também poderá ler, ainda que possa nele reconhecer, no roll das palavras a tradução do seu ser, expressando incessante através de mim, de verbos transitivos que precisam agir.
Um livro que surge da imaginação, revelando a verdade de meu coração. Hoje fiz um livro que quis existir.
Eu só fiz foi dar forma ao que havia aqui, tramitando com força dentro de mim.


Priscila Pettine
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Se estás perto de mim,
Há sentido em meu viver.
Quando longe está daqui,
Só a dor, só há sofrer.

Dilacera o coração
Não te ter e te querer.
Se o tivesse então teria
Algum sentido viver.

Quando ausente dói a alma
E meu coração dispara;
No meu peito faz nascer
A dor de amar sem ter.

Desejar sem ter comigo,
É terrível, é castigo.
Quem levou o amor consigo,
Levou meu bem querer.

Sem pudor a paixão rechaça
O que é belo em você
Te deixando assim sem graça,
Mas fazendo eu lhe querer.

Se o teu amor me enlaça,
Surpreende e faz crescer,
Dentro de nós dois há graça,
Há sentido em viver.

Quero mais e não há quem faça
Eu deixar de lhe querer.
De plantão o amor engata
Mais desejo de você.

Te esquecer não há quem faça,
Nunca, jamais fazer.
Tentativas são escassas,
Não me afastam de você.

Te querer é meu destino,
Desejar é minha razão.
Eu me enlaço e perco o tino
De lhe ter no coração.

Me abalou e não teve graça,
Desistir de me querer.
Levou da vida a graça,

A razão de meu viver.

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Dia tédio, noite vaga.
Há espaço em meu ser
Aguardando tua chegada
Para então me preencher.

Quando já é madrugada
Continuo a escrever
Na esperança de que faça
Tua ausência preencher.

O que causou em mim basta
Nunca mais a mim querer
Qualquer coisa que faça
Afastar-me de você.

Não há segredo ou mistério
No que sinto aqui em mim.
O que sinto é sincero
E parece não ter fim.
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Abordei-me aqui pensando
Friamente e louca em ti.
Eu aqui estou divagando
Num furor que não tem fim.

Eu me vejo gostando
De você, de ti.
Para sempre desejando
Tê-lo bem perto de mim.

Mas parece errado agora
Isso tudo eu sentir.
Se não há esperança outrora
De algo poder surgir.

Não dá frutos, solo infértil
Não consegue ter amor,
Esse ser tão arredio
Que só causa dessabor.
De ninguém mais se esconde
O que sinto por ti.
É algo que me consome
Todo o senso de mim.

Arrebata e arrasa
O meu ser sem pudor,
Essa coisa tão louca
A qual chamo de amor.


P.Pettine

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