Repasso o desabafo de
Aline em mim,
que em palavras
tentarei resumir.
-Vou contar já agora, a todos vocês,
o quão mal sentir
culpa, a tal culpa me fez!
Destruí os meus sonhos
que habitavam em mim,
tornando pesadelo meu
viver aqui!
Eu achava ser forte,
mas vivia ilusão
que agora se mostra um
monstro grandão!
Tão gigante e mais
forte é a culpa em mim,
de não ter mais armas
pra lutar com isso aí.
E aí eu me acabo e me
acabo mais!
Eu mal sei expressar o
quão mal me faz!
Ai, Aline, te entendo e
lamento então, poder traduzir esse monstro grandão.
Só consigo, pois sei
que o conheço também, habitando em meu peito por hoje tb! Espero que alivie
poder saber, que não sente sozinha essa culpa em você!
Um favor eu lhe faço e
me alegro em fazer, que expor em palavras o que há em você.
Sou poeta e me presto a
poder traduzir, a dor de quem sofre diante de mim.
Compartilhe comigo essa
solidão, pois juntas somos duas a lutar com o Monstrão!
Ele pode ser forte, mas
devemos lembrar
que é só um sentimento
que nos cabe superar!
Reconhecer tua
fraqueza, já é superação!
Poucos reconhecem que
não podem lutar
e devem fugir de culpa
cultivar!
Só sabendo ser fraca,
descobri então,
o quanto ainda consegue
lutar e o quanto não.
Não a julgo, pois sei
que humana é então,
admitindo a culpa que
tem no coração!
Se reconhecer só
bastasse, quão bom era ou não,
só colocar pra fora
essa decepção.
Mas sabemos que culpa
não morre assim.
Nasce e vive com a
gente até nosso fim!
Mas nem só de culpa
nutre nosso ser
e ainda vejo esperança
a mim e a você!
Forte, impressionante, sem palavras...
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