Entre saudade e culpa, eu teimo existir,
Preferindo a que menos judiares de mim.
Entre culpa e saudade eu vivo então,
Preferindo a mais turva, que me tinge o chão.
E seguindo entre ela, da tua ausência se faz,
Eu viver a saudade que mais culpa me traz!
Tua ausência não quero dessa forma sentir,
Consumindo o que resta ainda são em mim.
Se me culpo, me aflijo, não penso em ti,
Pois se penso é
saudade a me afligir.
Como vê, nunca posso me livrar da maldição,
Da saudade e da culpa em meu coração.
Admitir é fraqueza, ora força em mim,
Que lhe traz na lembrança que arranco daqui!
Eu te quero e não posso querer te pra mim,
Pois se sofro és minha culpa e não de ti.
Te absolvo e perene ainda vives em mim,
Causando me culpa por amar te assim.
Descobri novos nomes, novas descrições
Que as pessoas tem dado ao que me traduz.
Mas eu sei que é mais culpa e saudade em mim,
Que preenche os espaços de meu existir.
Podem dar lhe outros nomes, outras denominações
A esse dueto que emito e transformo em canção.
Não é bom nem severo eu viver assim,
mas ninguém mais consegue viver junto a mim.
Se há culpa e saudade em meu coração,
Qual será na verdade que me tem nas mãos!?
O tal cutting
de culpa ou chorar de emoção,
Tudo isso inebria e turva a visão.
Mesmo cega te vejo, pois consigo sentir,
tua saudade rasgando algo dentro de mim.
Não há paz nem espero assim encontrar,
Enquanto esse dilema a mim assombrar.
Esta culpa e saudade a quem se refere neste poema? Trata-se de uma poesia autobiográfica? Gostei do poema e gostaria de saber se é musicado.
ResponderExcluirPor incrível que pareça, só li seu comentário agora. Tudo é autobiográfico. Escrevi internada numa clínica. Muitas dores e pesares. Fico contente com seu apreço. Este texto não foi musicado e não posso presumir se será. Para mais detalhes do profundo e caótico que inspira minhas poesias, entre em contato comigo, pois há coisas que exponho velada por não poder escancarar.
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