sábado, 19 de novembro de 2016

Amor Da Essa...




Faz-me rir vida!
Oh, não me faça por mais chorar!
Crucificar os desejos,
É prender-se e não amar.

Sentir os sentidos e tatear as ilusões,
São ruínas comuns a muitos corações.
Fazei-me compreender, mesmo que não veja,
Ou então,
Cegai os olhos de minha mente,
Para que assim, apenas contemple
A imagem translúcida e perfeita do amor.

Para quê nele pôr mais dor,
Se por mais dor que se tenha,
É sempre querido o amor?

Oh vida! É isto sim. De fato que é.
Então, fazei com que mais eu ria,
Pois por mais dor que eu tenha,
Não tenho amor nestes meus dias.

Caem as folhas, as folhas secas
Ou arrancadas ainda verdes, caem;
E consumo em queda livre a vida,
Sem cor, a secar-me mais.

Aqui o choro que não se faz riso
E o riso que nem é riso ainda,
Fundem-se nos lábios trêmulos,
E aguardam um sinal de vida.

Oh vida! Dê-me mais vida para ser vivida,
E as vidas presas, algo a ser prezado!
Dai amor para ser sentido,
Ou sentimentos para sermos amados!
Dai amor para termos e senti-lo,
Ou sentidos, para termos cuidado;
Dai amor para fazer-nos sentir
Ou vivos, ou só um pouco amados!








                                                     Conhecer o Caminho



Quando conhecemos nosso caminho,
Devemos ter coragem suficiente para dar passadas erradas.
As derrotas, decepções e o desânimo
São armas que Deus utiliza para mudar a estrada.

Visão de mundo é enxergar o mesmo mundo , por ângulos diferentes,
E ver que este mundo também muda a gente.

Sim, o mundo se transforma , sem dúvida,
E nós somos parte dessa transformação.
Nós nos guiamos e os anjos nos protegem de nós mesmos,
Pois a cada momento, colocamos as passadas de nossas pernas em jogo,
Apostando que nunca iremos cair...
Nem em tentação...
Amém! E amem... 




OS CAMPOS




Quem dera esses campos fossem outros
Não um outro esboço
Mas como em outros tempos
Simplesmente fossem toscos.

Quem dera aquela outra paisagem
Outra cara, outros ares,
E não austera da vontade
Deste campo abrasador.

Os achados tão perdidos
E os contentes escondidos
Em meio a infelicidades,
Em meio a tanta dor.

E a vontade...
Quem dera agora aqui...
De pisar na grama verde
De matar a grande sede
Da terra fértil e esmorecer
Da tal vontade de sofrer e ver sofrer.

Onde se está deixam pegadas
Da desgraça estacada
Neste solo ruim de ver.

Vem vermelhas, vem cortadas,
As flores mais estimadas
Em todas as partes tão manchadas
Deste sangue que se vê.

Quem dera a primavera
Encarcasse nestes troncos,
Nestes torsos de desgostos
Flores novas por aqui.

Quem dera aquela sorte
Aos que fazem da guerra forte
Fosse consumada mesmo aqui

E esses campos de outros tempos
Hoje cheio desses “fortes”,
Não fossem os campos da morte.

E germinasse aqui desgosto
A estes vermes da discórdia
Ao ver os idos tão dispostos
Renascidos diante de seus rostos.

Esses campos de minha memória
Que hoje não Amim assola,
Cultiva outra geração:
Árvores da vida,
Frutos da morte,
Sementes do arrependimento...
Um remorso no coração.

Quem dera desse a sorte
De olhar os campos dos montes
E ver os frutos da imaginação,
E não, a real destruição... 

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