Não cesso de te traduzir
Aqui em palavras, fluindo em mim.
Se faz avalanche de ideias então,
Que surgem escritas pela minha mão.
Não durmo.
Não cesso de te resumir,
Aqui em palavras, fluindo de mim.
Se faz tão gigante você então,
Que mal pode conter-lhe o meu coração.
Não durmo e acordada
Vou pensando em você
Atravessar outra noite,
Em claro a escrever.
De uma margem à outra
Não dou margem a questão
E às sobras de dúvidas
Que surgem em vão.
Pouco importa a hora ou a ocasião,
Te traduzo e transformo
Também em canção,
Feita por mim tão ligeira
Vinda de inquietação,
É dessa maneira
Se revela a paixão.
Sem dormir e acordada
Pensando em você.
É bem desse jeito
Que consigo viver.
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Se a vida é um rio
Tu desaguas em mim,
Me fazendo oceano
Como um barco a surgir
Em tua margem
Meu leme seguindo a ti
Nesse rio da vida que te lança pra mim.
Sou jaz oceano
Me fazendo então,
Um bote atracando
Em teu coração,
Pois nesse mar de vida
Te encontrei e não,
Eu não acredito
Que tudo foi em vão.
Tu guiaste teu leme
Sempre rumo a mim,
Ainda que assim
Não gostasse de vir.
Atracando em meu porto
Se fincou a mim
Que no mar de meus braços
Abarquei a ti.
Nesse rio da vida
Desaguou então
O bote salva-vidas
De teu coração
Que salvou a mim
Tão imersa em ilusão.
Nesse trocadilho teimo em insistir.
Você é meu porto.
Atraco em ti
Ainda que ventos
Me movam daqui
Há de sempre haver corrente
No entorno a existir.
Que se afoguem as mágoas
Que teimem em vir.
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O dia desponta apontando a mim que é hora de ida, de
partir daqui.
O dia desponta se mostrando na luz de um sol que ofusca
O que a mim seduz
Que é parte da noite, e já se foi então
Porque agora é dia no meu coração.
O dia desponta apontando aqui
Que há dentro dele o que se extrair
De olhos abertos
Agora, então,
Ainda que ofusque a minha visão.
Na luz desse dia desponta pra mim
Tudo o que não queria
Saber existir
Que a noite enfim parte,
Te levando de mim.
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Me julgam teus olhos
Que vermelhos estão.
Me julgam mirando
O meu coração.
Me julgam teus olhos
Só querendo ver
O que me afeta,
Não o que há em você.
Me julgam teus olhos
Mirando em mim
Com mira certeira
Querendo atingir
Minhas falsas derrotas
E o que conseguir.
Me julgam teus olhos
Sempre a me julgar,
Ainda que errante
Não me possa encarar
Dentro de meus olhos
Não quer estar então,
Porque te enxergas
Em reprodução.
Refletido em meus olhos
Se mira em mim
Com a visão distorcida
Que trazes de si.
Me miram teus olhos
Vermelhos que são,
Inflamados, cegos
Só vendo ilusão.
Mirando miragem
Em reprodução
Reflete os meus olhos
Pelos teus então.
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O meu ser já se cansou
De tanto resistir,
E agora cansado
Só pensa em partir.
O meu ser já exausto
Só resistindo está,
Por este momento
Que é tudo o que há.
Já não vê o passado,
Nada mira então,
Cansado esse ser
É só solidão.
O meu ser já cansado
Pensa em desistir,
Mas ainda perdura
Existindo aqui.
Sem nenhuma vontade
Ou emoção,
Esse ser quer partir
O mais breve então.
Sem rumo não sabe
Que trilha seguir
E assim vai parado
Querendo seguir.
Vive de paradoxo,
Meu ser então,
Que já não nutre nada
A não ser negação.
Esse ser já
cansado
Ferido está,
Aguardando o momento
De se reinventar.
Já não nutre desejo,
Nenhuma paixão.
Esse ser machucado
É só solidão.
Esse ser nessa trilha
Obtuso está,
Já não vê mais saída
Para recomeçar.
Se a causa é perdida
Para esse ser então,
Nada mais adianta
No seu coração.
É deserto e saudade,
Mas também é vazio,
Esse ser revoltado
É um ser arrediu
Que não sabe o que cabe
No seu coração
E por isso alimenta
O que é ilusão.
Esse ser atrelado
Ao seu ser está,
Sem saber qual a causa
De assim estar.
Ele quer liberdade,
Quer condição
De agir por si mesmo
Sem repreensão.
Esse ser te reflete
E pode ser você
Que alienado se esquece
A razão de viver.
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Nasce de mim
Ideias sem fim
Que surgem brotando
Procurando a ti.
Ideias travessas,
Malvadas por vez,
Que a ti perseguem
E te fazem refém.
E presa em ideias
Que aqui estão,
Revoltas que partem
De seu coração.
Parecem ingênuas,
Mas assim não são.
São ideias que causam
Constternação.
Te afligem, te atacam
Incomodam e talvez,
Essas ideias tortas
Possam partir de vez.
Não convém dar guarida,
A elas descrever
Sua forma disforme
Que assim se fez.
Se apresentam as ideias
Nocivas então,
Não são boas nem podem
Trazer remissão.
E assim insistem
Em mim habitar,
Ideias obtusas
Sempre a me cegar.
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Te preciso em minha posse.
Por mim há de estar
Sempre disposto e a postos
Pronto a me amar.
Te preciso no agora e no depois então,
Pra trazer algum sentido
Ao meu coração.
Te preciso com presa,
Divagando em mim.
Tudo o que me resta
É tê-lo pra mim.
Meu desejo é de posse,
Ainda que ruim,
Te reverto e com sorte
Te trago pra mim.
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Não posso recomeçar,
Refazer minha lição.
Quero é começar de novo,
Nova história,
Outro refrão.
Não posso recomeçar,
Refazendo tudo em mim
O que já foi transformado
Transformando tudo enfim.
Não posso recomeçar,
Quero tudo então zerar,
Fazendo nova contagem
E nova vida levar.
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Estou aqui cintilando e
ninguém vê.
Estou apagada e aa morte
Está presente e ninguém crê.
Estou clamando à sorte,
Sorte que ninguém tem,
Mas que quero como norte
Pra minha sorte reverter.
Trago “M” como marca
Que cita desolação,
Sinalizando a morte
Como minha salvação.
Ninguém vê e ninguém pode
Alterar a condição
De quem nasceu já sem sorte
E só tem a morte então.
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Sem forma e sem tamanho,
Sem medida ou proporção,
Se achega machucando,
Arrasando o coração.
Não é possível descrever
O que é saudade de você
É o que parece não ter fim,
Algo abstrato aqui em mim.
Metabolizando,
Racionando a emoção
Não há de haver engano
Pra quem segue o coração.
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Na última hora
Quem
nunca ouviu dizer pra não se ouvir a quem lhe sorri,
Pois
quem lhe sorri te engana e quem te ama sofre por ti?
Quem
nunca ouviu dizer pra jamais nunca dizer,
Pois
vai querer que se afaste pra mais perto haver de ter?
Quem
nuca sentiu algo estranho, sem forma e sem nem tamanho,
Chegando
até que manso, sufocando o coração?
E ouviu
de alguns insanos com desforra em seus enganos,
Que tal
fato era nada se tão grande ele era então?
Ainda
que te digo: “te conheço, és meu amigo!”
Desconfie,
não hesite, posso aqui falhar contigo!
Mas
ainda que me digas que és seguro em quem confias,
Digo
que há falsas vitórias e que estás em um abismo.
Se
ninguém vive sozinho, falso amigo há de ter!
Mas
este corre o mundo esperando amadurecer.
Então
não espere, seja agora, pleno e todo por você
Pra que
sejas a mudança que quer no mundo poder ver.
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O que fazemos qdo não há
mais expectativas positivas?
Quando nossos sonhos e
esperanças se frustram?
Quando a tristeza invade o
peito e a mente por completo?
Quando começo a refletir, o
coração palpita disritmado
Ou os sentidos falham ou
então eles tomam noção do estado “real” das coisas
A mente pede sossego, o
corpo descanso, o coração clama ser amado!
Alguém q ouça, q saiba
ouvir, q queira escutar...
Alguém pra me tirar desse
estado!!!
Poço fundo, mergulhei num
rio sereno e deparei com águas turvas e profundas
A cor do leito não é mais a
mesma
A maré não é nada serena
O momento sorriso é ilusão,
a alegria é passageira, mas não consigo
mais a conduzir.
O fogo quer consumir o que
está inflamado
Sem motivação, sem nexo e
sem conexão com o mundo das possibilidades virtuosas.
O q me resta? O q resta pra
mim?
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Me aquece então a alma
Como ti sabe fazer.
E transforma então em cala
Esse turbilhão que vê.
Leva longe de mim para
Nunca mais poder fazer
O meu brilho ocultado
Sempre longe de você.
Me traz perto de tu chama
E aqueça sobre mim
Esse sol que ali se esconde
Buscando o azul sem fim.
Infinita é tua bondade, o teu céu e o teu chão,
Cessa essa tempestade.
Leva embora o furacão.
Me faça feliz agora
E nessa situação,
Fazendo a realidade
Não parecer ilusão.
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Eu escrevi um poema
E fiquei feliz assim
Porque ele traduzia
O que havia em mim.
Eu escrevi um poema
Que mais parece canção,
Pois tem rimas e cadência
Na sua composição.
Eu escrevi um poema
Que vou declamar aqui.
Minha sorte não é pequena
Porque eu sobrevivi.
Enfrentei por vez a morte
Viva diante de mim
Mais de uma vez bem forte
Eu sobrevivi, enfim.
Eu escrevi um poema
Que chamou minha atenção
Nasceu de mim dilema
Já solucionado então.
P.Pettiine
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Acróstico PETTINE PRIT
P rofessora
E special
T rabalhadora
T emperamental
I nsuprível
N
atural
E scritora
P ositiva
R acional
I
nsurgente
T
ranscendental
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