sábado, 6 de janeiro de 2018

Poemas sem nome...

 "Nasceram assim, no âmbito da madrugada e assim os posto."


Existe um monstro tão vil, nefasto,
Tão pernicioso, cruel, malsão,
Que embora nasça do olhar mais casto,
Provoca chagas no coração.

Seu preferido e sutil repasto,
É sorver dores, medos, tensão,
Tornar o espírito em trapos, gasto, 
E a mente imersa num turbilhão.

É Baal nas tascas do precipício,
É Judas conflagrando a traição,
Jaz no mundo consumado por seu vício,
Sem amor, o ser cruel da perdição.

                                    
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O livro recebido em plana paz, 
Ao seio d'alma ansiosa de cultura
É semente que bons frutos traz,
É centelha que em sol se transfigura.

Semente fértil, de virtude rara,
Quantos frutos do saber produz
Livrando a mente de qualquer amarra
Um livro salva lhe trazendo a luz.

Bendito aquele que tão culto faz
De livros, a exemplar semeadura
Aos lugares de treva pertinaz
De onde se esparge a luz que mais fulgura

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Sou a que existe pelo mundo afora
Vestida de mil formas e cores
Em toda parte estou por horas
A fazer graça, trolando dores.

Aos dias atuais, bem como outrora
Sempre a inspirar tão vás amores.
A humanidade já não me adora
Como me adoram os ceifadores. 

Sou algo assim, expressando amor,
Criação divina bem inspirada
No olhar de alguns comungo vida,
Aos olhos meus, ela é transloucada.

Ao passo "leve" em que me vejo,
Comungo a arte em catedral,
Tão imponente e adornada
Da festa alegre ao funeral.


Em palácio já és morada,
Em mim uma eterna inspiração
Premeditam sempre as madrugadas
A sorte incauta em que estão.

                     Priscila Pettine
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Só é bom o que melhora o ser humano! Poesias alimentam a alma! Quem será capaz de traduzir minha alma através de minha escrita?



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